20-10-2012
EMIGRAÇÃO
Recentemente, atribuindo-se à situação crítica que Portugal atravessa, muito se fala acerca do Governo incitar à emigração, como recurso de muitos jovens, e não só, que não encontram trabalho no seu País, e daí uma sentida frustração que lhes é imposta.
No tempo Salazarista, o Governo tentava impedir essa emigração, que embora fosse favorável a quem emigrava, era negativo para o progresso do desenvolvimento e economia do País.
Após os Governos que sucederam ao Dia do Oportunista em Abril de 1974, aqueles profissionais a quem pretendiam equiparar com os novos progressistas da oportunidade indiscriminada, viram-se na necessidade de, aproveitando as facilidades que lhes ofereceram, emigrar para outros países onde lhes foram oferecidas condições de honestamente poderem singrar económica e socialmente. Digo isto por experiência própria.
Evidentemente, emigrar não seria fazer turismo. O prazer de conhecer novas terras e novas gentes, não seria aquilo com que se deparava. Os sacrifícios começavam logo à saída, quando se deixava o meio a que se estava acostumado, os amigos e principalmente a família.
Nos países de acolhimento, por muito bem recebidos que fossem, apareciam de imediato outras dificuldades, como o idioma, acomodação, alimentação, e obviamente a saudade que só o imigrante sabe o seu verdadeiro significado.
A acomodação, que não é em hotéis de 5 estrelas, é por vezes o que mais se estranha à chegada, comparando com a casa que deixamos, e à qual estava-mos acostumados. A alimentação, se não forem os próprios a prepara-la, diferente daquela a que se está habituado, é um padecimento até que se consiga adaptar a uma nova realidade. Quem não se fizer acompanhar pela família mais próxima, então o mais mortificante ainda, é a saudade.
Emigrar ou ser imigrante, é uma experiência que requer uma decisão enorme de coragem e vontade de vencer, quando por motivos tão diversos são obrigados a procurar aquilo que o seu País não lhe pode, ou não lhe quer dar.
Recentemente, atribuindo-se à situação crítica que Portugal atravessa, muito se fala acerca do Governo incitar à emigração, como recurso de muitos jovens, e não só, que não encontram trabalho no seu País, e daí uma sentida frustração que lhes é imposta.
No tempo Salazarista, o Governo tentava impedir essa emigração, que embora fosse favorável a quem emigrava, era negativo para o progresso do desenvolvimento e economia do País.
Após os Governos que sucederam ao Dia do Oportunista em Abril de 1974, aqueles profissionais a quem pretendiam equiparar com os novos progressistas da oportunidade indiscriminada, viram-se na necessidade de, aproveitando as facilidades que lhes ofereceram, emigrar para outros países onde lhes foram oferecidas condições de honestamente poderem singrar económica e socialmente. Digo isto por experiência própria.
Evidentemente, emigrar não seria fazer turismo. O prazer de conhecer novas terras e novas gentes, não seria aquilo com que se deparava. Os sacrifícios começavam logo à saída, quando se deixava o meio a que se estava acostumado, os amigos e principalmente a família.
Nos países de acolhimento, por muito bem recebidos que fossem, apareciam de imediato outras dificuldades, como o idioma, acomodação, alimentação, e obviamente a saudade que só o imigrante sabe o seu verdadeiro significado.
A acomodação, que não é em hotéis de 5 estrelas, é por vezes o que mais se estranha à chegada, comparando com a casa que deixamos, e à qual estava-mos acostumados. A alimentação, se não forem os próprios a prepara-la, diferente daquela a que se está habituado, é um padecimento até que se consiga adaptar a uma nova realidade. Quem não se fizer acompanhar pela família mais próxima, então o mais mortificante ainda, é a saudade.
Emigrar ou ser imigrante, é uma experiência que requer uma decisão enorme de coragem e vontade de vencer, quando por motivos tão diversos são obrigados a procurar aquilo que o seu País não lhe pode, ou não lhe quer dar.
Aqueles que nunca da sua terra saíram, nunca poderão compreender o que no início é ser imigrante. Mas também para emigrar há que estar preparado para uma vida diferente, não só de muitas privações como dedicação ao trabalho, por vezes tão árduo para aqueles que na sua terra a isso não estavam habituados.
Como se pode verificar, até nos dias de hoje, aqueles que mais úteis poderiam ser ao seu país, sentem-se repelidos por não verem num futuro próximo melhores condições de vida na terra onde nasceram, se criaram e se educaram, depois de os terem enganado com uma faustosa e fictícia forma de viver, isto, nestas últimas décadas anteriores à crise actual.
Muito eu teria a contar, sobre os primeiros 5 anos na Holanda e os mais de 32 na Austrália, sobre o que eu passei, minha esposa e três filhos quando aqui chegaram. Hoje, graças a Deus, sem arrependimento do passo dado.
É da sabedoria popular que se diz: “Há males que vem por bem”. Muitos estarão agradecidos às circunstâncias que os incentivou a deixarem Portugal, para trabalhar e viver dignamente no estrangeiro, sem que no entanto sejam insensíveis ao estado em que se encontra o seu País de origem, por consequência do oportunismo torpe dos maus Governos que se dizem Democráticos.
Sydney, 20 de Outubro de 2012
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