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Sydney, N.S.W., Australia
Aos 12 anos de idade comecei como aprendiz com meu pai, na construção, reparação e afinação de Harmónios. Reparação e afinação de Pianos e Órgãos de Tubos. [instrumentos musicais] Aos 16 anos trabalhava por conta própria. Com 22 anos tinha a Carteira Profissional na especialidade de Rádio e Electrónica, que me permitiu trabalhar nos acordeões e órgãos electrónicos, amplificadores de som, e acumulei ao meu trabalho nos instrumentos, a manutenção do controlo electrónico das novas máquinas instaladas na “FACAR”, em Leça da Palmeira, Matosinhos. Aos 27 anos fui para a Holanda com uma bolsa de estudo onde me aperfeiçoei na Construção, Manutenção, Afinação e Restauro dos Órgãos Antigos ou Históricos. Trabalhei como Organeiro na Gulbenkian em Lisboa, de 1970 a 1974, e como Encarregado da Orquestra Gulbenkian, de 1974 a 1980. Em 1980 emigrei para trabalhar no restauro do "Sydney Town Hall Grand Organ". Em 1990 como "Mestre Organeiro" foi-me entregue, a conservação, manutenção e afinação daquele prestigioso Órgão, no qual trabalhei 31 anos, até me aposentar em 2011. com 72 anos de idade. Ver mais no meu CURRÍCULO.

Sunday, March 3, 2013

2010, Férias gozadas.



Resumo sobre as nossas férias de 2010, na China e Europa

A todos os amigos com quem estivemos nestas férias de 2010, aos outros com quem não podemos estar, e ainda para aqueles que por curiosidade queiram saber sobre “as nossas férias”.

No verão de 2006, foram as férias que passamos em Portugal e Suiça sem termos feito qualquer paragem pelo caminho, como normalmente costumamos fazer.
Nessa altura tinha-mos previsto as novas férias para 2009 (3 anos depois) também no verão, uma vez que se o fizer anualmente se torna muito maçador devido à distância, além de muito dispendioso. Mas deveres profissionais e familiares, não o permitiram. Apenas em 2009, tivemos umas curtas férias de duas semanas em Nova Zelândia, a pouco mais de 5 horas de voo de Sydney, onde percorremos as ilhas Norte e Sul. País digno de ser visto, pois é maravilhoso. As viagens foram oferta dos filhos pelos nossos aniversários.

Neste ano de 2010, as férias poderiam novamente estarem comprometidas, uma vez que seria necessária a minha presença na supervisão e assistência aos trabalhos a efectuar no Órgão de Sydney Town Hall, pelo qual sou responsável pela sua manutenção, e foi uma das razões da minha vinda para a Austrália.
Porém, devido à morosa decisão da Câmara de Sydney, entidade responsável pela propriedade desse instrumento, em concluir o contracto com um possível novo contractor, uma firma local, obrigaram a que esses trabalhos que deveriam ter sido começados no ano passado de 2009, ainda estejam por começar, já no final deste ano 2010, e sem data ainda determinada.

Prevendo eu que tal iria acontecer, como é de esperar com burocratas, resolvi marcar as nossas férias de forma a coincidir com as conveniências do meu filho na Suiça. Fiz a reserva dos voos para sair da Austrália a 20 de Julho com paragem na China, em Beijing, (Pekin), passar três semanas na Suiça com o nosso filho, e chegar a Portugal em 15 de Agosto, onde estaríamos 6 semanas antes de regressar à Austrália com paragem novamente na China, mas desta vez em Shanghai (Xangai).

Porém, depois de tudo marcado, devido à notícia do agravamento do estado de saúde da mãe da Ester, com 96 anos de idade, tivemos de antecipar a viagem, para a encontrar ainda com vida.
Assim aconteceu, chegamos ao Porto no dia 12 de Junho, vindo a minha sogra a falecer no dia 26 seguinte. Deus permitiu que ela tivesse esperado por nós, e que a filha ainda estivesse à sua cabeceira durante 2 semanas.

                                                                      
                                                                  *   *   *       

Saímos de Sydney no dia 8 de Junho, com paragem em Beijing, por 3 dias. O voo durou 12 horas. Tomamos o autocarro do aeroporto para o terminal da cidade, e daí um táxi para o hotel que ficava praticamente no Centro. Isto nos permitiu apreciar o que se ia vendo pelo caminho, mais alguma coisa daquela imensa cidade.
A pé e utilizando o Metro, bastante moderno, com a ajuda dos chineses que pouco ou nada falavam inglês. Com o mapa da cidade e a mímica, conseguimos tudo o que queria-mos. Povo bastante simpático e amigos de nos ajudar. Visitamos os locais mais turísticos da cidade, como “Tian’anmen  Square” (creio que a maior praça do mundo), “Forbidden City” (a Cidade Proibida), etc. e fizemos algumas compras em grandes edifícios como “Honqiao Pearl Market” onde se podia comprar de tudo. Só um dos dias foi para ir ver e caminhar na “Great Wall of China” (Grande Muralha da China). Impressionante. Seria necessário muito mais tempo para apreciar todas aquelas grandiosidades históricas.

No dia 11 saímos de Beijing e voamos 10 horas para Frankfurt, Alemanha, onde tivemos de aguardar 7 horas e 20 minutos pela ligação com o voo para Portugal – Porto. Chegamos às 23.30 ao aeroporto Sá Carneiro, depois de um voo de 2 horas e 40 minutos, onde éramos esperados pela minha cunhada, irmã da Ester, e o genro que conduzia o carro.

No seguimento das 6 semanas das férias em Portugal, e devido aos acontecimentos, não conseguimos fazer todas as visitas previstas, nem atender a todos os convites que nos fizeram. Assuntos pessoais e familiares tiveram de ser resolvidos, e nem todos com o sucesso que se esperava. Para fazer algumas das visitas obrigatórias, fizemos deslocações pelo centro e interior do país, apesar do intenso calor que ali se fazia sentir nessa altura. Além do Porto e arredores, estivemos em: Vila do Conde, Viana do Castelo, Braga, Gerês, S. Bento da Porta Aberta, N.S. de Abadia, Caldelas, Ponte do Lima, Silva (Barcelos), Arouca, Monte Real (Leiria), Alfeizeirão, Rio Maior, Redondo (Alentejo), Lisboa e arredores.

Saímos do aeroporto de Lisboa no dia 24 de Julho para Zurich, Suíça, onde chegamos
2 horas e 35 minutos depois, e onde o Rui, nosso filho, nos aguardava. Ao fim de mais
40 minutos já nos encontrávamos em sua casa em ZUG, pequena cidade a cerca de 30 km. para Sul de Zurich. Pela primeira estivemos com a nossa última neta, a Amy, com
9 meses de nascida.  Foi ali a nossa residência durante 3 semanas. 

A primeira semana a Ester esteve doente, possivelmente com Salmonela, devido a uma refeição servida num restaurante em Odivelas, arredores de Lisboa. Teve de ser vista e medicada numa clínica local.
O tempo esteve fresco e chuvoso durante a maior parte do tempo, mas sempre que este permitia ainda visitamos algumas cidades e locais de veraneio na Suíça e Alemanha.    

Saímos da Suiça para a China a 15 de Agosto, tendo feito Zurich para Munich, Alemanha, com 1 hora de voo e de Munich para Shanghai com mais 11 horas de voo.
No aeroporto éramos esperados por um português, o Sr. Alexandre Lima, residente em Shanghai, que gentilmente nos acompanhou até ao hotel que previamente eu havia marcado, ficando perto dos muitos pontos de interesse, e a visitar.
Fizemos a viagem do aeroporto para a cidade no comboio de levitação magnética, o Magleve, que atingiu 437 km de velocidade numa distância de poucos minutos até ao
seu terminal na cidade.
Do terminal para o Hotel, foi ainda cerca de meia hora de táxi.

O Sr. Alexandre Lima, que fala fluentemente chinês, por motivo dos seus negócios e afazeres profissionais, não nos pôde acompanhar durante o tempo que ali estivemos, mas teve a afabilidade de diariamente nos chamar telefonicamente para o Hotel. Como um cuidadoso anfitrião, procurava saber como nós estava-mos, e sobre as nossas necessidades, até porque a Ester se tinha sentido mal do estômago no segundo dia da chegada, tendo ficado de cama no Hotel a maior parte desse dia.

Apesar de dois meios-dias de forte temporal, com muita chuva e trovoadas, não ficamos retidos no Hotel. Demos alguns passeios pelas redondezas, passeios nocturnos pelo centro mais turístico da cidade, “The Bund”, uma longa avenida junto do rio “Huang Pu River” com os cruzeiros de barcos todos iluminados, e “Nanjin Road”, a rua mais comercial na China, onde só se pode andar a pé. Passeamos também durante o dia por algumas das antigas ruas, como é usual ver-se nos filmes, e fazendo algumas compras.
Caso interessante, no meio de tanta gente só falando chinês, encontramos três homens que por ali passeavam e iam conversando em português. Não só eu fiquei surpreendido como eles também, quando eu lhes falei. Disseram-me serem marinheiros (estavam vestidos à civil) de uma Fragata da Marinha de Guerra Portuguesa, que se encontrava ancorado no porto de Shanghai, de passagem com destino a Macau.

Visitamos o Pavilhão Português na EXPO 2010, e falamos com alguns portugueses que de Lisboa foram para lá prestar serviço. Com um calor infernal, que em pouco tempo resultou num dos temporais, tivemos de estar algumas horas na fila para entrar no pavilhão. Não visitamos mais, porque debaixo daquele temporal e ter de estar em filas por horas, não era de suportar. As deslocações na cidade foram feitas de Metro, bem apertadinhos porque os passageiros eram sempre muitos, e de táxi onde o Metro não era viável. 

Para ter acesso ao Metro, (tanto em Shanghai como anteriormente em Beijing), os sacos e carteiras de mão tinham que passar por máquinas de Raios X, como as usadas nos aeroportos. Polícia e outros agentes de segurança viam-se por todo o lado, o que nos dava uma sensação de segurança. Enquanto nós passeava-mos nos arredores do hotel, e não só, lindas chinesas e muito novas, prostitutas, ofereciam-se mesmo quando eu ia acompanhado com a Ester. Facto que para nós não era inédito, pois quando estivemos anos atrás em Macau e visitamos uma localidade chinesa junto à fronteira, aconteceu algo semelhante.

O trânsito automóvel e ciclista, era um completo caos. Carros e bicicletas não respeitavam os sinais nem as passadeiras. As pessoas atravessavam na frente dos carros quando estes circulavam com os sinais verdes. Atravessavam as ruas fora das passadeiras e largas avenidas com imenso trânsito automóvel, numa verdadeira provocação ao acidente. Uma verdadeira anarquia como nunca pude imaginar, sem que no entanto nós tivesse-mos visto qualquer acidente!

Embora o custo de vida para os chineses ou para quem lá vive seja barato, o visitante estrangeiro tinha que regatear os preços, com a ajuda da mímica e da calculadora, como negociando com ciganos.
Apesar de não faltar onde comer, com muitos restaurantes por todo o sítio, o difícil era saber pedir o que se queria, pois as ementas eram em chinês. Encontrar restaurantes com ementas em inglês não era muito comum. Por vezes tinha-mos de pedir apontando para os pratos de quem estava a comer, ou para as fotografias expostas que não nos dizia se o que serviam era quente ou frio, se a carne era de vaca, porco ou galinha, já para não falar do peixe, que seria mais complicado.
Mais uma vez fiquei convencido, que para comer comida chinesa, só aqui na Austrália.
Pelo menos ao nosso paladar, facilidade na escolha e especialmente limpeza.

A 19 de Agosto, praticamente ao fim dos 4 dias deixamos Shanghai com destino a Sydney, após um voo de mais 11 horas, tendo chegado cerca das 8,30 da manhã do dia seguinte. A Beti, nossa filha mais velha estava à nossa espera e nos transportou para nossa casa onde encontramos tudo como esperava-mos.


Factos a notar:

   *  Gondomar (Porto). Estivemos com uma senhora amiga a quem eu há uns 45 anos toquei órgão no seu casamento. Perdemos o contacto, e há relativamente pouco tempo fui contactado pelo Consulado em Sydney, que me disseram ter recebido de Portugal um pedido de informação de como me poderiam contactar!
Depois da troca de vários emails, encontramo-nos em sua casa e com a sua família, que nos recebeu com toda a satisfação e amizade. Mais uma vez se confirma que “Uma boa amizade, nunca se esquece”, e “Quem procura sempre encontra”.

   *  Vila do Conde. Visitamos a minha irmã mais nova, (embora mais velha 9 anos do que eu) que se encontra internada num Lar privado, e um amigo, médico psiquiatra, filho dos nossos padrinhos de casamento, a quem não o víamos há mais de 40 anos. Ali tenho ainda primas, da parte da minha mãe que era natural de Azurara -Vila do Conde.

  *  Silva, freguesia a uns 4 km a Norte da Cidade de Barcelos, terra natal de meu pai, e onde eu passava parte das minhas férias quando na escola primária. Ainda hoje lá tenho velhos amigos e primos em segundo e terceiro grau, com os quais convivi desde há muitos anos, e seus descendentes. Numa pequena festa de família ali realizada no lugar do Seminário, vim a conhecer mais primos da parte do meu pai, os quais nunca antes tinha conhecido!

   *  Arouca. Aí fomos encontrar e visitar um outro amigo, Padre Laranjeira, do tempo em que foi coadjutor em Lavra. Há cerca de 50 anos que não tínhamos contacto!

   *  Monte Real, Leiria. Paragem obrigatória para visitar Joaquim, Maria Lavos e filhas, a quem consideramos e somos considerados como família. Ex-vizinhos porta com porta em St. António dos Cavaleiros, onde moramos durante 10 anos quando trabalhei na Fundação Gulbenkian.

   *  Alfeizeirão, visitamos a pessoa que nos deu toda a assistência na nossa chegada à Austrália em 1980: o Capelão Padre António Marques, que ali se encontra há já alguns anos. Pessoa de quem não nos esqueceremos de procurar todas as vezes que vamos a  Portugal, pois a gratidão deve ser reconhecida e nunca esquecida.

   *  Rio Maior, outra das paragens obrigatórias para visitar o casal Antonieta e Manuel Barbosa, amigos do tempo em que vivemos na Holanda. (1966 a 1970). Fazemos questão de os visitar sempre que vamos a Portugal.

   *  Em Redondo, interior do Alentejo, fomos visitar outro casal amigo, António e Constança Beira, do tempo em que estivemos na Holanda, e que já não nos víamos desde lá, há mais de 40 anos. Foi uma grande satisfação para todos, esse encontro ao fim dos tantos anos!
Isto só foi possível graças à Internet e ao Telefone, com a indispensável ajuda de pessoas amigas, em Portugal e na Holanda.

   *  Linda-a-Velha, Lisboa. Paragem absolutamente obrigatória, para visitar os dois irmãos, José e Celina Silva, que na Holanda, naquele tempo eram ainda solteiros e com quem chegamos ainda a conviver. Hoje cada qual com a sua família constituída e já avós, consideramo-nos como família. Com eles costumamos ficar relembrando tempos idos, usufruindo da sua franca e generosa hospitalidade, e sincera amizade.

     *  Ainda na zona de Lisboa estivemos com uma amiga natural do Porto, filha da família Loureiro, professora secundária que lecciona e reside a Sul do Tejo, que nos procurou, e a quem a não nos via-mos há cerca de 50 anos! Essa família sempre teve uma grande afectividade com os meus pais desde há muitos e muitos anos.

Outras visitas foram feitas, e muitas por fazer na zona de Lisboa, porque o tempo estava bastante limitado. Pelo mesmo motivo não foi possível fazer visitas no Algarve.
Eu sempre procurei recordar para viver, e mais, viver para recordar. Pois diz o ditado: “Recordar é viver”.

Mudando de Continente:

Para um jovem casal como nós, de 71 anos, fazer uma estadia na China, passeando por aqueles lugares onde a língua falada e escrita não dá para entender, especialmente quando se procuram direcções e transportes, não é uma aventura fácil. Mas se os nossos antepassados já o fizeram e com menos condições, refiro-me aos Descobridores dos Gloriosos Tempos, nos séculos há muito já passados, porque razão nós no tempo do GPS, Telefone, Internet, Skype, etc., o não conseguiríamos fazer?

Depois de procurar os lugares de interesse para ver, que não ficasse muito fora da rota na viagem para Portugal nosso destino, e para não repetir as rotas anteriores, através de informações turísticas pela Internet, procuramos também encontrar alguém de língua portuguesa a quem recorrer para obter não só melhores informações como qualquer ajuda em caso de necessidade. É para dizer que “quem vai para o mar, avia-se em terra”.

Pela Internet e Skype procurei pessoas que falassem a nossa língua, ou pelo menos inglês.
Encontrei o que esperava: portugueses e brasileiros que por lá trabalham e residem, em Beijing e em Shanghai; uns que me responderam outros que ignoraram após terem aceitado o pedido de contacto, onde eu dizia quem era-mos e para o que era. Claro que não fazia parte do pedido, a acomodação, alimentação, passeios, ou a sua perda de tempo para estarem à nossa disposição.

O resultado foi positivo. Talvez por na China se encontrarem mais brasileiros que portugueses, o maior atendimento foi de amáveis, prestáveis e atenciosos brasileiros, quer em Beijing quer em Shanghai. Porém aqui há a salientar, que em Shanghai, um português nosso conterrâneo, pois até é natural do Porto, foi quem nos esperou no aeroporto e nos acompanhou ao hotel! Não seria uma surpresa, mas pouco de esperar que pudesse acontecer nos dias de hoje, uma vez que nunca nos havíamos visto!

Nós tínhamos já por experiência as nossas férias anteriores na Nova Zelândia, onde não havia o problema da língua, pois ali fala-se o inglês. Apesar de talvez haver maior número de nomes portugueses e brasileiros, apenas tivemos assistência de duas famílias, uma portuguesa, o Sr. Francisco e D. Helena Mendes, e outra brasileira, o Sr. Sérgio e D. Vera Costa, com quem estivemos. Isto só em Christchurch, nos 3 últimos dias!
Com estas famílias que pela primeira vez nos conhecemos, temo-nos mantido em contacto, e esperamos manter uma boa amizade.

Sempre me senti com o dever de ajudar quem me procura, assim como me convenci que seria ajudado por aqueles a quem eu procurasse. Conhecidos ou desconhecidos, somos seres humanos e com inteligência para poder-mos conviver com o nosso semelhante.
Embora hoje em dia haja lugar para desconfiar de tudo e de todos, se nós não queremos confiar em alguém, quem poderá também confiar em nós? Sei que esta maneira de proceder não é compartilhada por toda a gente, mas é esta a minha maneira de ser, e até hoje não tive razão para lamentar. Após a nossa apresentação e contactos aceites, pela troca de correspondência electrónica e no seguimento desses contactos, se vai fazendo um juízo. Pois é costume dizer-se que “pela aragem se vê quem vai na carruagem”.
 
O já ter alguém a quem recorrer em caso de uma necessidade de maior, numa terra e língua desconhecida, China, era já uma aventura convidativa e de entusiasmar.

Repetindo o que disse atrás, a procura foi feita pelo Skype, baseada em nomes comuns portugueses, à qual responderam na sua maioria pessoas e famílias brasileiras. Portugueses em menor número, até porque deve haver mais brasileiros do que portugueses nessas regiões.

Em Beijing, que nós conhecíamos por Pekin, todo o apoio e informação foi dado por brasileiros. Entre eles, Sr. José Ricardo, de uma firma local de Advogados. Em Shanghai ou Xangai, também foram brasileiros quem mais responderam e quiseram dar a sua ajuda. O único português que me respondeu e deu o seu melhor apoio, inclusivamente pessoal desde que ali estivemos, foi o Sr. Alexandre Lima.
Não é minha intenção divulgar todos os contactos que mantive, mas não deixarei de salientar que encontrei muita simpatia, informação e ajuda da parte das pessoas brasileiras.
Com excepção da família Mendes na Nova Zelândia e o Sr. Alexandre Lima na China, não tive mais contacto com portugueses. Não porque talvez não se encontrassem por lá, mas por desinteresse ou falta da “boa vontade à portuguesa”.

Para mais facilmente me manter em contacto com a família e amigos durante as férias e as viagens, comprei em Beijing um telemóvel “iPhone” por um preço muito razoável, pois eu pretendia utilizá-lo com o Skype e Internet para me manter em contacto com a família e amigos, durante as férias e as viagens. Um quanto complicado para eu o usar, só na Suiça é que o meu filho o programou e ficou pronto a ser utilizado. No caminho de volta, também na China mas desta vez em Shanghai, quando ia a caminho da Expo dentro do abarrotado Metro, foi roubado! É para dizer que o comprei na China e na China ficou!!!

Ladrões também existem na China, como em qualquer outro país Comunista, Socialista ou Capitalista. Ainda se poderia admitir num país Democrático, onde os ladrões se encontram em maior quantidade, assim como num país Livre, onde politicamente a liberdade de roubar faz parte do sistema. Isto apenas pretende ser uma piada com referência aos Países onde os Governos se governam e o povo é sempre roubado.

Não direi que lá não queira voltar outra vez, porque faltaria à verdade. Ali muito há para ver, fazer e comprar. Só o comer tipicamente chinês, salvo raras excepções, é que não é de recomendar, pelo menos para nós europeus. 

Para terminar, quero aproveitar esta oportunidade, para agradecer às pessoas não só aqui citadas, mas a todas aquelas que de qualquer maneira nos deram informação, e inclusivamente se ofereceram para nos apoiar ou ajudar, dando-nos o seu contacto telefónico local para caso de necessidade, o que felizmente não foi necessário, mas que serviu para que nos sentíssemos mais confortáveis e confidentes  num país estranho.

A TODAS ESSAS PESSOAS DE BOA VONTADE, UM MUITO OBRIGADO. 




Manuel M .Saraiva da Costa,

SDYDNEY – AUSTRALIA

Dezembro de 2010



      Nota: Queiram perdoar algumas repetições, erros sistemáticos, sintácticos e gramaticais 
 que possam encontrar, mas a  falta de rotina na escrita do português, além do esquecimento
 de regras, é a desculpa  de quem além  de não ter  pretensões de ser escritor, também não lê
 muito e escreve pouco, a língua de Camões.

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