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Sydney, N.S.W., Australia
Aos 12 anos de idade comecei como aprendiz com meu pai, na construção, reparação e afinação de Harmónios. Reparação e afinação de Pianos e Órgãos de Tubos. [instrumentos musicais] Aos 16 anos trabalhava por conta própria. Com 22 anos tinha a Carteira Profissional na especialidade de Rádio e Electrónica, que me permitiu trabalhar nos acordeões e órgãos electrónicos, amplificadores de som, e acumulei ao meu trabalho nos instrumentos, a manutenção do controlo electrónico das novas máquinas instaladas na “FACAR”, em Leça da Palmeira, Matosinhos. Aos 27 anos fui para a Holanda com uma bolsa de estudo onde me aperfeiçoei na Construção, Manutenção, Afinação e Restauro dos Órgãos Antigos ou Históricos. Trabalhei como Organeiro na Gulbenkian em Lisboa, de 1970 a 1974, e como Encarregado da Orquestra Gulbenkian, de 1974 a 1980. Em 1980 emigrei para trabalhar no restauro do "Sydney Town Hall Grand Organ". Em 1990 como "Mestre Organeiro" foi-me entregue, a conservação, manutenção e afinação daquele prestigioso Órgão, no qual trabalhei 31 anos, até me aposentar em 2011. com 72 anos de idade. Ver mais no meu CURRÍCULO.

Monday, February 25, 2013

"MAS... com certas reservas"


26-2-2013
      “MAS…com certas reservas”  

Alguém me perguntou sobre o que quero dizer quando me declaro como “Católico convicto e praticante, mas…com certas reservas”.

A alguns já tive a oportunidade de os esclarecer, e para outros a quem não o fiz, aqui vai o esclarecimento: 

Desde muito pequeno, mesmo antes de ter ido para a escola primária, minha mãe me levava com ela a uma capela próxima, durante o mês de Maio para assistir ao Mês de Maria.

Todos os Domingos e Dias Santos, a família não se dispensava de assistir à Missa, e fazer parte em algumas cerimónias religiosas durante o ano.
Assim fui educado, e já depois de ter feito a Primeira Comunhão aos 10 anos, idade que era habitual nessa altura, continuei a frequentar a Igreja, o Oratório Salesiano nas Oficinas de São José, e mais tarde no Colégio dos Órfãos no Porto, onde aprendi a ajudar à Missa em latim, como era usado nessa época.

Sem qualquer presumível fanatismo, tenho seguido Religião Católica até aos dias de hoje, e espero continuar, embora com algumas reservas.

Todos os meus ascendentes eram Católicos, e eu sempre me senti vocacionado para seguir a mesma Igreja com a mesma convicção. Casei com quem partilhava do mesmo credo, e eduquei os meus filhos para que seguissem o mesmo. Todos os meus filhos estão baptizados, assim como os meus oito netos, na religião Católica.

Na minha carreira profissional, afinando e reparando harmónios e órgãos em igrejas por todo o Portugal, Holanda e Austrália, lidei com muitos sacerdotes. Entre eles, havia diferentes personalidades, uns mais brincalhões e com habilidade para cativar as pessoas e outros mais sisudos, mas sempre e dignamente mantendo o respeito e fazendo-se respeitar. Entre eles, os que procuravam evangelizar com princípios cristãos, e outros que apenas procuravam impor-se ao seu semelhante, conforme o dito “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”!

Conheci o Padre Alcino de Azevedo, um dos mais respeitáveis sacerdotes com quem convivi, que foi Pároco da Sé do Porto nos anos 50, onde fui “organista” e catequista. Anteriormente os Salesianos Padre Júlio Azimonti e Padre Lino Ferreira, a quem admirei a maneira e a dedicação no tratamento com os jovens, tendo sido meus guias espirituais.

O facto de ter nomeado apenas esses três, não excluo uns tantos outros com quem mantive relações de amizade e profissionais, a quem estimei e por eles fui estimado.
Nesse tempo havia um conceito de educação e respeito que recordo com certo apreço. Claro que havia, há e haverá excepções: aqueles abjectos que nunca deveriam ter existido e que são o asco e a vergonha da Igreja, por diversas razões que infelizmente todos nós conhecemos, mas que aqui não tem cabimento.

Padres de vocação e espírito cristão em todo o sentido da palavra, creio que é um facto raro nestes tempos que correm. Esses poucos que ainda existem poderão ser desacreditados por aqueles que o pretendem ser, e que não passam de falsos profetas.

Padres por profissão que se servem da sua ocupação na Igreja com a finalidade de se governarem em proveito próprio, ascorosos, enganando e extorquindo ricos e pobres, manifestando a sua opulência, prepotência, falta de honorabilidade ou dignidade, falseando assim a sua missão de seguidores de Cristo.
Neles se notam o seu endeusamento em vez da humildade que apregoam ao povo. Os seus maus exemplos de ambição e sem preocupações éticas para dominar e serem servidos nos seus próprios interesses materiais, não condizem com a doutrina de Cristo.

Eu, como Católico convicto e praticante, que assim quero continuar fiel ao catolicismo até ao final dos meus dias, lamento ter de o dizer, mas foi no conviver e no lidar com alguns Padres, ou supostos Padres, já para não falar de alguns dos seus superiores, que assim vim a constatar ao longo da minha vida profissional e pela idade que tenho.
Aqui poderia apresentar alguns exemplos e casos, mas não é essa a intenção ou a finalidade porque estou a escrever e lamentar situações menos felizes na Igreja Católica. Aliás, a História o tem confirmado.                

Como tive já ocasião de o dizer algum tempo atrás, a religião Católica Romana que professo, comparo-a a um Jardim ou a um Pomar onde se encontram lindas e perfumadas flores, frutos diversos e saborosos, embora se encontre espalhada pelo meio alguma podridão, ou sejam essas abjectas criaturas que pretendem servir-se da religião como ocupação e não por vocação, dando exemplos anti-cristãos e promovendo a descrença naqueles com fé mais debilitada. Esses ”profetas” considero-os apenas como excremento ou o estrume, como assim devem ser tratados, sem qualquer qualidade fertilizante.

Esta é a razão porque me considero Católico, religiosamente convicto e praticante, "MAS… com certas reservas".

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