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Sydney, N.S.W., Australia
Aos 12 anos de idade comecei como aprendiz com meu pai, na construção, reparação e afinação de Harmónios. Reparação e afinação de Pianos e Órgãos de Tubos. [instrumentos musicais] Aos 16 anos trabalhava por conta própria. Com 22 anos tinha a Carteira Profissional na especialidade de Rádio e Electrónica, que me permitiu trabalhar nos acordeões e órgãos electrónicos, amplificadores de som, e acumulei ao meu trabalho nos instrumentos, a manutenção do controlo electrónico das novas máquinas instaladas na “FACAR”, em Leça da Palmeira, Matosinhos. Aos 27 anos fui para a Holanda com uma bolsa de estudo onde me aperfeiçoei na Construção, Manutenção, Afinação e Restauro dos Órgãos Antigos ou Históricos. Trabalhei como Organeiro na Gulbenkian em Lisboa, de 1970 a 1974, e como Encarregado da Orquestra Gulbenkian, de 1974 a 1980. Em 1980 emigrei para trabalhar no restauro do "Sydney Town Hall Grand Organ". Em 1990 como "Mestre Organeiro" foi-me entregue, a conservação, manutenção e afinação daquele prestigioso Órgão, no qual trabalhei 31 anos, até me aposentar em 2011. com 72 anos de idade. Ver mais no meu CURRÍCULO.

Sunday, February 2, 2014

DOUTORAMENTOS E MESTRADOS






DOUTORAMENTOS E MESTRADOS, 
em Portugal complexado!  


Em Portugal nos dias de hoje, há quem muito se queixe de não ter possibilidades económicas, para dar aos filhos um curso superior universitário, devido à “crise” que o País atravessa.
Apesar de há umas décadas para cá muitas formaturas se terem realizado, a verdade é que hoje o seu excesso e falta de procura, provocou um tal número de “doutores” que não encontram emprego condigno na sua própria terra. 

Porém, e disso teremos de nos capacitar, nem todos podem ser Doutores, Engenheiros, Advogados, Arquitectos, Professores etc. etc… 
Profissões sem as quais a sociedade não pode passar, são tão dignas e necessárias, por vezes mais ainda, do que aquelas que só as universidades podem “fornecer”.

Sou do tempo, e não vai longe, em que haviam escolas profissionais, não só Escolas Industriais como Comerciais, que embora não dando cursos universitários de Doutoramentos e Mestrados, formavam profissionais com competência que facilmente encontrava trabalho a partir dos 16 anos de idade. Apenas como exemplo: Oficinas de S. José, Casa Pia, e creio que muitas outras.

Ser um bom carpinteiro, marceneiro, serralheiro, electricista, pedreiro, padeiro, sapateiro, alfaiate e tantas outras similares, que nos dias de hoje quase desapareceram, em prejuízo da mão-de-obra que além de escassear se torna dispendiosa e difícil de encontrar, deve ser considerado como um valioso “investimento”.

Há que cultivar uma mentalidade para as necessidades presentes e futuras da Sociedade, sem que uma formação supostamente intelectual esteja em "primeiro" lugar. Será algo que um Povo, seja ele rico ou pobre, deverá ter em consideração.

Deixemo-nos de snobismo, tão enraizado nos portugueses que do país nunca saíram. Qualquer profissão honesta e executada com competência, seja ela qual for, é de apreciar e dignificar quem a pratica. 


Manuel M. Saraiva da Costa
Sydney, 3 de Fevereiro de 2014

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