DOUTORAMENTOS E MESTRADOS,
em Portugal complexado!
Em Portugal nos dias de hoje, há quem muito se queixe de não ter
possibilidades económicas, para dar aos filhos um curso superior universitário,
devido à “crise” que o País atravessa.
Apesar de há umas décadas para cá muitas formaturas se terem realizado,
a verdade é que hoje o seu excesso e falta de procura, provocou um tal número
de “doutores” que não encontram emprego condigno na sua própria terra.
Porém, e disso teremos de nos capacitar, nem todos podem ser Doutores,
Engenheiros, Advogados, Arquitectos, Professores etc. etc…
Profissões sem as quais a sociedade não pode passar, são tão dignas e necessárias, por vezes mais ainda, do que aquelas que só as universidades podem “fornecer”.
Profissões sem as quais a sociedade não pode passar, são tão dignas e necessárias, por vezes mais ainda, do que aquelas que só as universidades podem “fornecer”.
Sou do tempo, e não vai longe, em que haviam escolas profissionais, não só Escolas Industriais como Comerciais, que embora não dando cursos universitários de Doutoramentos e Mestrados, formavam profissionais com competência que facilmente encontrava trabalho a partir dos 16 anos de idade. Apenas como exemplo: Oficinas de S. José, Casa Pia, e creio que muitas outras.
Ser um bom carpinteiro, marceneiro, serralheiro, electricista,
pedreiro, padeiro, sapateiro, alfaiate e tantas outras similares, que nos dias
de hoje quase desapareceram, em prejuízo da mão-de-obra que além de escassear
se torna dispendiosa e difícil de encontrar, deve ser considerado como um
valioso “investimento”.
Há que cultivar uma mentalidade para as necessidades presentes e
futuras da Sociedade, sem que uma formação supostamente intelectual esteja em
"primeiro" lugar. Será algo que um Povo, seja ele rico ou pobre,
deverá ter em consideração.
Deixemo-nos de snobismo, tão enraizado nos portugueses que do país
nunca saíram. Qualquer profissão honesta e executada com competência, seja ela
qual for, é de apreciar e dignificar quem a pratica.
Manuel M. Saraiva da Costa
Sydney, 3 de Fevereiro de 2014
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